Descolamento de retina
Causas e sintomas
A retina é uma membrana delicada que reveste a parte posterior do olho, sendo responsável pela captação e envio de imagens ao cérebro. É mantida em seu local por um mecanismo próprio de adesão, auxiliado pelo corpo vítreo. Em alguns casos, a contração do vítreo, que é característica do processo de envelhecimento, pode tracionar a retina. Essa tração pode causar uma ruptura retiniana e seu consequente descolamento. Nesta fase, o paciente pode notar ‘‘moscas volantes’’ ou flashes luminosos. Quando o descolamento de retina já está presente, observa-se uma ‘‘sombra’’ no campo de visão.
Além do envelhecimento, a alta miopia, os fatores genéticos, o trauma ocular, as cirurgias intraoculares e a prematuridade, são algumas das condições que predispõem ao descolamento de retina.
Tratamento
Existem diversos métodos cirúrgicos para o tratamento do descolamento de retina, mas independentemente da técnica, o objetivo principal é obter um fechamento das rupturas retinianas, levando à reaplicação da retina. Uma cicatriz é produzida intencionalmente com laser para facilitar a aderência entre as partes lesionadas.
O processo cirúrgico
O tratamento cirúrgico inicia-se com um completo exame oftalmológico e segue até uma sequência de procedimentos pós-operatórios. A internação se dá, normalmente, no dia da operação e, exceto em casos especiais, o paciente não deve se alimentar e nem tomar água no mesmo dia. Geralmente, a cirurgia é feita com anestesia local e, ao final do processo, o paciente retorna ao seu quarto com um curativo sobre o olho operado.
Procedimentos e cuidados pós-cirúrgicos
O paciente geralmente recebe alta no mesmo dia ou no dia seguinte. Dores moderadas são habituais e a visão no olho operado retorna lentamente, dias ou semanas após a cirurgia.
Caso seja necessário o uso de gás ou óleo de silicone intraocular, o paciente apresentará comprometimento da visão, durante o período em que o mesmo permanecer dentro do olho. Quando o gás é utilizado, viagens aéreas não são recomendadas por um período de dez a vinte dias.
O uso da medicação prescrita deve ser mantido de acordo com as indicações médicas. Recomendações referentes a posição, atividades físicas, restrições, possíveis anormalidades e consultas de retorno, serão fornecidas pela equipe do CBV, que estará à disposição durante todo período pós-operatório.